...::Traduza Aki::...

domingo, 15 de março de 2009

Otimizando a memória de seu Windows XP


Os recursos quando escassos devem ser bem utilizados. Nos PCS o bem mais nobre e necessário é a memória RAM. Mesmo quem tem memória “sobrando” se não usar bem logo sentirá falta de mais espaço. Portanto tenha o seu PC exíguos 128 Mb ou vastos 1 Gb de memória RAM existem recomendações que ajudam a usar melhor este precioso recurso.

O primeiro sintoma de que a memória de seu computador não está sendo suficiente é um aumento sensível no funcionamento do disco rígido. Afinal o que isso tem a ver com a memória? Tudo. A “dinastia” Windows de sistemas operacionais herdou do Unix o conceito de memória virtual, que nada mais é do que uma simulação de memória no disco rígido. Se esta por algum motivo não é suficiente, blocos de informações são trocados entre a memória real e um arquivo no disco (por isso o nome “arquivo de troca”). Tanto maior o uso dessa memória “virtual” mais sofre a performance de seu PC. Imagine você em sua mesa de trabalho. Em uma mesa pequena precisará guardar várias coisas em gavetas entes de iniciar um novo trabalho e mais tarde fará a mesma coisa para voltar ao trabalho anterior.

O Windows XP traz um programa muito útil chamado MSCONFIG que por mostrar várias informações úteis e permitir alguns ajustes no sistema, é muito útil para ajudar a administrar o uso da memória. Este programa não tem atalho e deve ser chamado da seguinte forma : Iniciar / Executar / MSCONFIG. Ao selecionar a aba “Inicialização” você poderá ver todos os programas são executados automaticamente ao ser ligada a máquina. Vários deles são vitais e não devem ser desativados mas provavelmente alguns deles são desnecessários e estão consumindo recursos à toa em seu sistema. É possível encontrar até vírus ou programas espiões ou exibidores de propagandas (adwares).

O processo não é tão simples, mas vale cada segundo investido. Cada programa marcado na pasta de inicialização deve ser analisado. O site www.processlibrary.com é muito útil nesta hora. Cada programa “suspeito” pode ser consultado para saber se o mesmo é um arquivo suspeito, nativo do sistema operacional ou não, se é vital etc. Assim fica mais fácil mesmo para um leigo se aventurar nesta “escovação de bit” e não desligar sem querer um antivírus ou firewall!

Há outras dicas básicas importantes. Aquele inocente fundo de tela, uma foto tirada em sua câmera digital pode gastar dezenas de mega bytes. O arquivo JPG pode ser pequeno, mas na memória ele é expandido à sua matriz de pontos original. Esqueça a foto e use uma cor simples do Windows. Todos aqueles programas mimosos como inúmeras barras de atalho, programa que exibe a previsão do tempo, etc. são vorazes consumidores de recursos além de serem portas abertas para instalação de outros programas sem seu consentimento ou softwares espiões. Remova-os prontamente. Use o gerenciador de tarefas, verifique a memória livre logo após ligar o computador. Efetue este procedimento e novamente após religar seu computador verifique a diferença, nos Mbytes e no comportamento de seu computador.

Aprofundando o assunto. MAIS DETALHES....

O programa MSCONFIG dispõe de mais recursos que aqueles citados anteriormente. Além dos programas que podem ser retirados do processo de inicialização do Windows o MSCONFIG permite visualizar todos os “serviços” que são ativados ao ligar o computador. Serviços são programas especiais para o Windows, são como pequenos componentes do próprio sistema operacional. O MSCONFIG permite analisar à parte somente os serviços que não são da Microsoft, ou seja, aqueles que foram instalados a posteriori.

É incrível, mas alguns programas quando instalados criam estes tais “serviços” e quando removidos acabam deixando para trás componentes instalados, funcionando e consumindo valiosos recursos. Para exemplificar em uma de nossas máquinas de testes havia sido instalado há meses atrás um “Tablet” (mesa digitalizadora). Um tempo depois o programa foi desinstalado. Ao escrever esta matéria, usando o MSCONFIG para o ilustrar o assunto qual não foi nossa surpresa ao encontrar serviços ligados à tal mesa digitalizadora ainda sendo acionados como serviços na carga do sistema operacional!!

Mas tudo isso ainda é a ponta do Iceberg no assunto gerenciamento de memória. Existe um conceito que é razoavelmente bem conhecido por parte dos usuários que é o da desfragmentação de disco rígido. Quando os arquivos são gravados e regravados no disco rígido partes dos mesmos podem ser alocados em espaços não contíguos na superfície do HD. O efeito prático é que o Windows ao ler os arquivos precisa esperar mais tempo pelo acesso físico às informações. Para resolver isso existem programas que reorganizam os dados no disco restabelecendo a ordem contígua de gravação.

Na memória acontece um fenômeno semelhante, embora com conseqüências um pouco diferentes. Blocos de dados gravados de forma descontinua na memória não chegam a ser um grande pênalti na performance, pois o tempo de acesso à mesma é muito rápido. O problema real é que dependendo da forma como estão distribuídas estes blocos de dados na memória, o sistema operacional não consegue reaproveitar integralmente o espaço liberado. A conseqüência é o já citado efeito de uso excessivo de paginação (uso de memória virtual) e perda sensível de desempenho até que o computador seja religado. Para resolver esta outra situação existem programas que fazem esta função. Ficam de prontidão e quando percebem tempo ocioso movem os blocos (ou páginas) de memória de forma a eliminar este funesto fenômeno, fazendo liberar mais área disponível na memória. Este problema é tão conhecido que se você procurar no GOOGLE por “Memory Defrag” encontrará milhares de links falando do assunto e várias dezenas de programas, desde gratuitos, shareware, pagos etc. Um dos bons programas (e gratuito) disponíveis na Internet é o FAST Defrag Standard encontrado em http://www.majorgeeks.com/review.php?id=10 .

Existem também recomendações úteis para a configuração manual do arquivo de memória virtual do Windows XP para agilizar o sistema. Nem sempre o valor sugerido pelo Windows é o mais adequado. Se o tipo de programa utilizado aloca grande quantidade de memória para seus “documentos”, como editores de imagem ou de vídeo, a recomendação é definir o arquivo de troca do Windows até maior que o recomendado (cerca de 50%). Se o tipo de “documento” normalmente usado é “leve” como documentos de textos e planilhas, metade dos valores padrão são mais adequados. Há quem elimine completamente o arquivo de paginação de memória, atitude que traz benefícios, pois nunca ocorrerá perda de desempenho no uso de memória virtual, mas pode levar o sistema operacional para um beco sem saída no caso de precisar eventualmente de mais memória e não conseguir obtê-la mesmo que temporariamente.